quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SER REJEITADO




TU VESTES A PLENA DOR;
VAGUEIA SOMBRAS RAREFEITAS;
SUJEITA UM SER TINHOSO;
REVELA A MORTE SUJA;
INVENTA O INDESVENDÁVEL;
OUVE MÚSICA TRISTE ;
QUE A VIDA INSISTE EM CANTAR;

COTIDIANO


MINHA TELE/VISÃO ESTÁ REPLETA DE BUNDAS
E MEU COTIDIANO É COM/VIVER COM BUNDÕES

VAZANDO




VAZO - VAZIO







              
  VAZO - INSANO
            VAZO - SANITÁRIO          
 VAZIO - INSANO
  VAZIO - SANITÁRIO






VAZO - VAZIO

DESMEDIDO


NÃO MEÇO PALAVRAS
E MENOS AINDA O CHÃO QUE PERCORRO

DEFICIÊNCIA


OS HOMENS SE TORNAM CEGOS ÀS FLORES
AS FLORES SE TORNAM MUDAS AOS HOMENS

SUSPIROS


SEIO QUE QUERO
NÃO SEI O QUE QUERO
NO/MEADOS DA LOUCURA

CANÇÃO PARA O POETA






Para Ricardo Lima










Poeta aventureiro


Que pega o vento e segue


Rastros de um cheiro flor de Lótus


Cheio de incandescência


Além daquilo que é essência


Fagulha de Dionísio na mão de um Cazuza


Um diamante cravado no peito da canção


Que despenca emoção nas letras


pelo caminho.






Cássio Amaral.
 
 
 
Fiquei muito feliz em receber essa homenagem do Poeta Cássio Amaral tendo em vista a grandeza que é esse Ser.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Se Fossemos




Se fossemos capazes da alegria provar

sagrados seriamos



Se fossemos capazes de viver

não mortos seriamos



Se fossemos

Não haveríamos necessidade de Ser

  

Caminhos da vida



Homem Brinquedo
Que se movimenta de forma programada.
Age com estímulos capitalistas
para se acabar na chegada 
       

Flor Maldita


Ousas provar-te meu sangue


tu que deverias ser bela para mim

Arranca-me das lágrimas para

se alimentar de minha essência

   

Último Beijo


I


Ramos entrelaçados nas verdades esclarecidas

mentem para viver sob a realidade.

Nem o último beijo do reflexo carnal

servirá para surpreender a minha vontade



II



O sentimento terá validade ainda que velho

Apenas a morte poderá me descompor

para ser recomposto no desejo além do carnal

e suspirar perdida pela noite fria



III



Revalidarei minha fuga para sumir

e me perder no vão intacto dos meus sinais

constante tal choro que desconsola a vida

Perder para a Morte com Direito ao último beijo



IV



O Lamento da perda significativa do ser

redução denotativa de seus preciosos movimento

A respiração que falha após a última lágrima

O último instante roubado para não se alegrar.

 

Corpo



I




Observando as fotos de um Amor produzido.

Vivo devorado pela desculpa que me fecha às saídas

Escondo as palavras de um lugar que desconheço ou inexiste.

Viajo na imagem significativa de seu corpo e não me repreendo.

Viso deliciar em suas entranhas para me curar no macio exato

de suas curvas bem lapidadas.





II



Imagem alucinante são os traços perfeitos

de um rosto que não para de sorrir e se insinuar

Um corpo rabiscado de clarificadas poesias

E envolvido em manchetes de jornais

Culpa não definida !



III



Seus gritos de pessoa deliciada atinge minhas esferas

me expande, explode em instantes de razão

Suas armadilhas planejadas, vou sempre cair

No bar vou te inventar para te ter nas doses mais exatas



IV



Abraço meus sonhos com o medo de um rato

Cachorros me aparecem para me assustar

Penso em tudo que vivemos

Vivo nada que penso

Mas, seu corpo eu ainda Amo !!!

Salmo responsivo a mim mesmo.

Dê-me licença! Vou acasalar o papel emotivo com minha caneta impudente;
Vou saciar tão-somente dos meus pedaços de vida e aguardar o melhor alimento;
Juntarei os dentes espalhados pelo chão para recompor meu sorriso genérico;
Sugarei de mim todos os gritos resenhados pelo mote desequilibrado de minha Low/cura;
Pintarei com delicados pincéis todos os atalhos e desvios que se formaram da vida chata; Serei a dúvida desvairada porque não sou Santo, silêncio e nem faço milagres acontecerem;
Assumirei meus pecados sem nenhuma certeza. Só me resta um recurso: rogar a Deus!
Agora a decisão já está tomada! Vou sorrir e vou viver a histeria desse jardim sem a sua presença; sem a apetecível voz, sem pensamentos dotados de sensibilidade e sem seu  olhar.
Oh! Ser dotado de educação, me ajude a conhecer a verdade e a me esquivar de fortes correntezas, senão rasgarei suas poesias como eu fosse uma pessoa sã rasgando notas de cem.
Encho a cara tentando entender o que você não é capaz de entender, e nada concluo...
É fim de festa para você! Quero retratar tal forte golpe que levei ao perceber o quanto é você sorrindo.
Após perder a razão, vou me trancar e tirar o telefone do gancho para tudo parecer normal.

Coexistência! Amor Mitótico.


Ao caminhar em canteiros decotados, o meu grito veio e nada pude fazer para segurá-lo;
Vi flores de várias cores e espécies propaladas pelo chão de grama verde, um tapete.
Não fui capaz de entender e incertezas me implicaram, me veio o medo de um triste fim.
Poderia ser um dia comum caso fosse excluso o fato de sua presença me invadir a situação.
Sentei-me aos pedaços próximo aos canteiros, meditei; ato que me trouxe a esperança sofrida.
Sem o requinte da alegria na tarde bocejada, a umidade me recai sobre o juízo inexorável.
Ver você é o clichê de minha felicidade mesmo que dilatada pelos meus comprimidos,
E mesmo distraída, tornar-se-ia um delírio violento que me fizesse sentir alívio após fazer cena.
Hoje minha ânsia é tatear teu rosto, seus olhos verdes como um livro de Maiakóvski em braile.
Sinto-me um cão que mantém resquícios de esperança mesmo que próximo a um precipício Prestes a co/meter um suicídio homicida, aguardando você pintar na tela para minha salvação, E, numa escolha sem pensar, sangrei os pulsos para pintar pétalas rubras sobre seu botão.
No meu céu conformista, você ainda não conseguiu perceber minha pretensão descarada
Resta-me pegar o violão para que minha voz possa traduzir todo o sofrimento da alma.